Algumas condições podem levar à queda da pálpebra, que pode, além de causar prejuízos estéticos proporcionados pela assimetria na região dos olhos, levar o indivíduo a ter diversos problemas relacionados à visão que podem causar sintomas e interferir na execução de atividades cotidianas.
À queda da pálpebra superior damos o nome de ptose palpebral. Esta patologia pode ser tratada isoladamente ou em associação com a blefaroplastia. Entenda mais a seguir.
O que é a ptose palpebral?
A ptose palpebral pode ser definida como a queda da pálpebra superior, que passa a cobrir partes dos olhos que deveriam estar descobertas quando estes estão abertos. A condição, também chamada de blefaroptose, pode, como vimos anteriormente, causar alterações visuais.
Os casos de ptose palpebral podem ser unilaterais ou bilaterais e ocorrer em homens e mulheres em qualquer fase da vida, uma vez que diversos fatores de diferentes origens podem estar associados ao surgimento do problema. Ainda assim, esse quadro é mais comum em pessoas com mais de 60 anos.
Quais são os tipos de ptose palpebral?
Pessoas com ptose palpebral podem tê-la de duas formas: congênita e adquirida. A forma congênita ocorre quando a pessoa já nasce com o problema, que pode ser decorrente de uma malformação do músculo responsável pelo levantamento da pálpebra superior.
Já a versão adquirida, como o nome sugere, ocorre quando algum fator leva à queda da pálpebra ao longo da vida. Essas causas podem ter diversas origens, como veremos a seguir.
Existe ainda a pseudoptose palpebral, uma condição que se assemelha à ptose palpebral como descrita anteriormente, mas se caracteriza pela presença de excessos de pele e bolsas de gordura na região dos olhos que dão a sensação de pálpebra caída.
Quais são as causas da ptose palpebral?
As causas da ptose palpebral podem ser muito variadas. Nos casos de ptose congênita, como vimos, a causa é quase sempre uma malformação dos músculos levantadores da pálpebra. Nos casos de ptose palpebral adquirida, as causas podem ser:
- Aponeuróticas;
- Neurogênicas;
- Mecânicas;
- Miogênicas;
- Traumáticas.
Quais os sintomas da ptose palpebral?
Uma vez que o indivíduo com ptose palpebral não consegue abrir o olho afetado (ou, em alguns casos, ambos) para enxergar adequadamente, o problema pode levar a uma série de outros sintomas. São estes:
- Sensação de fadiga ocular e vista cansada;
- Alterações no campo visual, levando à diminuição da visão;
- Dor de cabeça;
- Baixa da autoestima.
Além disso, é possível notar que, muitas vezes, a pessoa com ptose palpebral inclina a cabeça para trás ou levanta a sobrancelha com mais frequência, na tentativa de ajustar a visão. É comum também que haja queixas sobre a dificuldade para usar óculos e lentes de contato. Existe também um risco aumentado de desenvolvimento ou agravamento de alterações refrativas, como o astigmatismo.
Como é realizado o diagnóstico desta condição?
O diagnóstico da ptose palpebral geralmente é feito pelo cirurgião plástico especializado e/ou pelo oftalmologista, que analisa as queixas relacionadas às alterações visuais e realiza o exame físico (análise da distância da pupila até a pálpebra superior e também da força de abertura das pálpebras) para avaliar a simetria e a queda das pálpebras. A partir disso, o paciente pode ser encaminhado para o tratamento adequado.
Como é o tratamento da ptose palpebral?
O tratamento da ptose palpebral é cirúrgico, e a técnica escolhida para o procedimento depende de alguns fatores, como a causa e a gravidade do problema.
Existem diversas técnicas para correção da ptose palpebral, a depender da causa e da gravidade do caso. Nas ptoses congênitas, pode ser feita uma adaptação com tecido do próprio paciente, conectando o músculo da testa à pálpebra.
Blefaroplastia
Existe ainda a possibilidade de tratar a ptose palpebral associado a blefaroplastia, corrigindo a altura palpebral e também retirando o excesso de pele e bolsa de gordura da pálpebra superior. A cirurgia dura em média 45 minutos.
A blefaroplastia é considerada uma cirurgia de baixo risco, com alta hospitalar no mesmo dia do procedimento. Quando todos os cuidados pós-operatórios são seguidos corretamente, o paciente pode retomar as atividades normais em até 14 dias após o procedimento. Os resultados da cicatrização podem levar até 12 meses para se consolidarem completamente.
Quais são os benefícios da correção da ptose palpebral?
Os benefícios da correção da ptose palpebral são estéticos e funcionais. Além de recuperar a simetria e a harmonia entre os dois olhos, é possível conseguir um visual mais jovial e menos “cansado”, quando se recupera a função total das pálpebras.
Já os benefícios funcionais são relacionados à visão, que volta a ser plena, sem as limitações impostas pelo bloqueio causado pela pálpebra caída. Assim, muitos sintomas que são associados às limitações visuais também deixam de ocorrer. Além disso, o uso de óculos e lentes de contato se torna mais facilitado para o paciente.
Para saber mais sobre ptose palpebral e blefaroplastia, entre em contato com o Dr. Deilton Duarte e agende uma consulta.
Fontes:
Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular